Cardiotoxicidade da TARV em Idosos HIV Positivo: Alterações Metabólicas como Determinante da Doença Aterosclerótica no Paciente Idoso. Revisão da Literatura
Palavras-chave:
Cardiotoxicidade, Idosos, HIV, TARV, Metabolismo, AteroscleroseResumo
Nos últimos anos o Brasil presenciou um crescimento no número de indivíduos idosos, com uma previsão que até o ano de 2025, ocupará a 6º posição no mundo com a maior população idosa. Porém, nos últimos anos o Brasil tem presenciado diante do cenário mundial um número crescente de idosos diagnosticados com HIV. De acordo com CASSÉTTE et al, 2016., descreve que o número de casos de HIV em idosos no Brasil cresceu vertiginosamente nos últimos anos. Sendo que entre os anos de 1980-2001 o número de pessoas com mais de 60 anos com diagnóstico com HIV foi de 5.410. Descrever as complicações no sistema cardiovascular em pacientes idosos portadores de HIV e o uso da Terapia Antirretroviral Combinada - TARV. Tratase de uma revisão bibliográfica utilizando as bases de dado Lilacs, PudMed, Sciello, anais eletrônicos de Universidades Federias e das Sociedades Brasileira de Geriatria Gerontologia e Cardiologia, publicações entre os anos de 2000 a 2017. Dentre os resultados obtidos desde o início da epidemia, em 1980, até 2012, já foram notificados 14.161 casos de HIV/AIDS em pessoas com idade de 60 anos ou mais no Brasil, sendo 9.225 do sexo masculino e 4.936 mulheres. A terapia com a TARV proporcionou aos pacientes uma maior expectativa de vida e uma redução significativa nas infecções oportunistas, que são característicos pela infecção aos vírus. Entretanto, em razão do aumento da prevalência de doenças como a diabete melito, dislipidemia e lipodistrofia, doenças cerebrovasculares e as patologias cardiovasculares de maneira prematura têm sido descritas na literatura ao longo desses anos após o advento da terapia antirretroviral. A predisposição à aterosclerose resulta da própria infecção pelo HIV, das alterações metabólicas decorrentes do uso da terapia antirretroviral ou ambos, o paciente exposto às doenças ateroscleróticas, consequentemente o paciente em terapia terá maior chance de complicações cardíacas, associado à idade em fase já da velhice, torna-se um fator complicador na terapia, desafiando os profissionais a contornarem tal situação. Diante dos dados obtidos, conclui-se que os idosos portadores do vírus do HIV em tratamento com a terapia antirretroviral encontram-se expostos a diversos efeitos da terapia, sendo uma delas e de importância para os estudos farmacológicos, a toxicidade cardíaca.
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