Longevos: o sistema de saúde sabe quem são e serão os muitos idosos na capital do Brasil?
Palavras-chave:
Longevidade, Saúde, IdososResumo
O paradoxo da evolução da ciência e da tecnologia em saúde com a lógica capitalista de produção nas sociedades, constitui uma questão importante de reflexão quando se considera a longevidade humana. No Brasil, a população está envelhecendo, e os sistemas de saúde pública estão despreparadas para o amparo desses idosos na sociedade, que em 2015, constituíram cerca de 3 milhões de pessoas no país. É imprescindível mencionar que os indivíduos muito idosos estão sendo negligenciados pelo sistema, demonstrado pela ausência de planejamento, iniciativas de prevenção e atendimento dos serviços especializados de saúde. Identificar características semelhantes dos indivíduos muito idosos considerando as variáveis socioeconômicas e suas concentrações populacionais no Distrito Federal. Para realizar esse estudo foram extraídos dados da PDAD de indivíduos com 80 anos ou mais, correspondendo a uma amostra de 1526 indivíduos. Foi realizada uma análise de Cluster Hierárquica de Agrupamento, utilizando o método de Ward e o Coeficiente de Similaridade de Jacard. O número de clusters foi definido a partir da análise do dendograma. Cerca de 58,26% da amostra era composta por mulheres e 41,74% por homens. A média de idade foi de 84,79 anos, sendo a menor idade 80 e a maior 105 anos. Sua maioria sem companheiros (58,58%), mesmo com a idade avançada, 64,22% ainda se declaram como mantenedores de seus lares. Após análise do dendograma estratificou-se a amostra em 4 grupos, destaca-se a diferença entre eles (p≤0,05) quanto aos homens serem minoria, sendo presentes somente no grupo 1, com baixa escolaridade ainda com companheiro e com renda de R$1.815,00. As heterogeneidades encontradas sugerem que o processo de envelhecimento urge por políticas públicas que consideram as atuais características dessa população, sendo necessária a adequação para gerar equidade entre os sexos e locais de moradia
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