Avaliação de cormobidades e uso de medicamentos em pacientes com Diabetes Tipo2 (DM2)
Palavras-chave:
DM2, Comorbidades, MedicamentosResumo
secretória das células beta pancreáticas, ocorre diminuição da secreção de insulina e supressão
insuficiente de secreção de glucagon. Em conjunto com a resistência à insulina, o aumento da
secreção de glucagon se traduz em redução das respostas metabólicas à insulina que resulta
em hiperglicemia crônica. A hiperglicemia e a alteração do metabolismo de ácidos graxos
observadas na doença resultam em dano tecidual e aumento da produção de espécies reativas
de oxigênio (ERO) pelas mitocôndrias e pelos peroxissomos. Estes eventos resultam em
aumento da produção mitocondrial de EROs no endotélio da micro e macrocirculação, e
constituem eventos essenciais ao desenvolvimento das complicações vasculares que
contribuem para as comorbidades da doença. Este estudo teve como principal objetivo analisar
as comorbidades e a utilização de medicamentos em oitenta pacientes diagnosticados com
DM2. Essa avaliação foi realizada com base nos exames pacientes realizados no Laboratório de
Análises Clinicas do Hospital Universitário de Brasília e em pesquisa prévia de dados nos
prontuários dos pacientes após assinatura do TCLE. Este projeto foi aprovado pelo Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade de Brasília. 80 pacientes com DM2 apresentaram tempo de
diagnóstico de 4 anos, média de idade de 60 anos, media de pressão arterial, sistólica e
diastólica, de 130/100 e a do IMC, compatível com obesidade grau I. A maioria dos pacientes
fazia uso de metformina para o tratamento do diabetes e apresentava, como comorbidade,
hipertensão arterial sistêmica e obesidade grau I A dislipidemia foi observada em menos da
metade dos pacientes devido ao uso de estatinas e 15,5% foram diagnosticados com depressão
e estes utilizavam a fluoxetina. Cerca de 25% faziam uso de tabaco e 40% não praticavam
atividade física. Quanto às variáveis bioquímicas, foi observado que a mediana da glicemia de
jejum e pós-prandial encontrava-se discretamente acima das metas de controle glicêmico (< 100
mg/dL para a glicemia de jejum e < 140 mg/dL para glicemia pós-prandial) e a da HbA1c, na
meta. A mediana do colesterol LDL foi superior à meta de controle (< 100 mg/dL), assim como a
do triglicerídeo (meta < 150/dL). Pacientes com DM2 apresentam maior estresse oxidativo
devido ao aumento de Lipoproteina circulante e ao aumento da concentração plasmática de
glicose e ácidos graxos. Estes s aspectos, além da diminuição da lipoproteína de alta densidade
(HDL), aumento da hipertensão arterial sistêmica e excesso de peso, contribuem para os EROs,
disfunção endotelial e aumento do risco cardiovascular e consequente resposta inflamatória
sistêmica.
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